O filme Crash de 1996 é uma obra dirigida por David Cronenberg que aborda temas como erotismo, violência e acidentes de carro. Para a crítica de cinema Roger Ebert, o filme é uma reflexão sobre a sexualidade humana e suas nuances, mesclando o grotesco com o sensual.

Em sua análise, Ebert destaca a complexidade dos personagens, que são apresentados de forma crua e realista. O protagonista James Ballard, interpretado por James Spader, é um homem insatisfeito com sua vida e que encontra no sexo automobilístico uma forma de fugir de sua rotina. A personagem de Holly Hunter, Helen Remington, é uma mulher que sofre um acidente de carro e encontra no erotismo uma forma de lidar com o trauma.

Segundo Ebert, o diretor Cronenberg consegue criar uma atmosfera sombria e melancólica, que reflete a atmosfera da cidade de Los Angeles. O crítico também ressalta a importância da música de Howard Shore, que contribui para criar essa atmosfera.

Por outro lado, Ebert também faz críticas ao filme, especialmente em relação à forma como a sexualidade é mostrada. O crítico considera que, em alguns momentos, a obra beira o grotesco e o exagerado, o que pode ser desconfortável para alguns espectadores. No entanto, Ebert reconhece que essa estética ousada é parte do estilo do diretor Cronenberg e que contribui para tornar o filme uma obra única.

Em resumo, a análise crítica de Roger Ebert sobre o filme Crash de 1996 destaca a complexidade dos personagens, a atmosfera sombria e melancólica, e a estética ousada do diretor David Cronenberg. Embora o filme possa incomodar alguns espectadores, é inegável que ele é uma obra singular e provocativa sobre a sexualidade humana.